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O que você busca, você já É! Por Ananda Xela

Crédito da foto: Evgeni Tcherkasski

Se você estiver empenhado em diluir o jogo das personalidades, você estará construindo uma muito mais rígida ainda. Mas é um rígido diferenciado, porque é revestido de um senso de valor muito sutil, onde o "buscador" ganha força ao se empenhar na tal desconstrução.
Parece contraditório eu sei, mas nessa caminhada do auto conhecimento as questões mais sutis são muito mais fortes, simplesmente por serem mais simples, e a simplicidade é um desafio para nós que fomos criados para VALORIZAR o que é difícil de conquistar e complexo de entender.

Esse desvio de valor permeia a grande maioria dos caminhos do auto conhecimentos, você sem perceber absorve um pacote de exigências de como as coisas deveriam ser, e sua liberdade fica refém de um papel de buscador dedicado. Esse "buscador" é revestido de propósitos, que não são tão simples de serem percebidos como um obstáculos, para o simples reconhecimento daquilo que é.

A diluição do senso de pessoa que surge em um certo momento na jornada do autoconhecimento, não é uma tarefa para " o você " que vê problemas. Essa ideia de ter que resolver as coisas é o próprio senso de pessoa em atividade. Ou ele é a vítima, que joga constantemente com resoluções que na verdade não quer resolver, ou ele é o conquistador, que se entope de métodos para se preencher de valor, em uma jornada que na realidade não tem relação com o FAZER, e sim com o SER.....e SER é a essência do que você é, e não algo que está lá, onde quer que seja que você imagine que esteja.

Por mais nobre que seja sua causa, se ela estiver combatendo algo, você estará no velho paradigma da luta do bem contra o mal, e é essa visão que vem criando a aparente divisão a eras incontáveis.

Desconheço uma resolução perene que não seja pelo amor, mas quando falo em amor, estou falando sobre a capacidade de incluir que a natureza do perceber tem, e não sobre amar isso ou aquilo com predileção a qualquer outra coisa.

É necessário um amor tão profundo pela vida como um TODO, que até mesmo o aspecto pessoal da experiência seja acolhido. Mas veja bem, estou dizendo para acolher e não para se submeter!!!

É a partir desse amor acolhedor e livre de julgamento que a desidentificação acontece naturalmente, sem esforço, sem conflito, e sem a negação de nada.
Por que negar?
Quem está negando?

O universo como um todo está acolhendo tudo que nele há.....mas o universo como um todo não está em conflito. Por incrível que pareça, diante da imensidão da existência seu drama pessoal não é um problema.

Em um punhado de tempo, ou talvez no segundo seguinte, "o você" que se esforça tanto para ser "alguém melhor" segundo uma infinidade de expectativas sociais e "espirituais" não esteja mais aqui nessa frequência interativa.

Quando você se dá conta disso, quando você desperta para essa imensidão impessoal não alterada pelas experiências que o personagem se aventura, sua atenção fica mais envolvida com o que é perene, como a bem aventurança de simplesmente se perceber vida.
Olhe tudo de um ponto vista tão amplo, que teu sentido de "EU" seja transparente e estático, como o espeço vazio que acolhe tudo.

Ananda Xela- Felicidade Suprema

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